O avanço dos carros elétricos populares é uma pauta urgente no Brasil e que, de acordo com Teciomar Abila, reflete o desafio da acessibilidade no mercado brasileiro de veículos de baixa emissão. Embora a eletrificação seja o caminho inevitável para a sustentabilidade, o alto custo de aquisição dos modelos elétricos ainda os mantém distantes da maioria dos consumidores. Superar essa barreira de preço, sem comprometer a qualidade e a infraestrutura de recarga, é a equação que montadoras e governo precisam solucionar para de fato popularizar essa tecnologia.
Se você quer entender as estratégias para viabilizar o carro elétrico para a classe média, continue lendo a seguir!
A necessidade de popularizar a mobilidade elétrica
A transição para a mobilidade elétrica no Brasil não pode se limitar apenas aos segmentos de luxo. A introdução de carros elétricos populares é essencial para que o país alcance metas de redução de emissões e para melhorar a qualidade do ar em grandes centros urbanos. A massificação do carro elétrico depende diretamente de modelos com preço final competitivo, que possam rivalizar com os veículos a combustão mais vendidos.

A eletrificação em larga escala no mercado brasileiro exige, além de preços baixos, uma infraestrutura de recarga capilarizada e de fácil acesso, especialmente em cidades menores e ao longo de rodovias.
O desafio da acessibilidade: O custo da bateria
O principal gargalo para a produção de carros elétricos populares é o custo elevado das baterias de íon-lítio. Embora os preços das baterias estejam em queda constante no cenário global, a flutuação cambial e a falta de uma cadeia de suprimentos nacional ainda elevam o valor final do produto no Brasil.
Montadoras precisam encontrar formas de reduzir o custo de fabricação, seja por meio de economias de escala, seja pela otimização da química das baterias para materiais mais baratos. Segundo o empresário Teciomar Abila, a verdadeira virada de chave para a acessibilidade no mercado brasileiro ocorrerá quando o custo do pack de bateria for reduzido a um ponto em que a diferença de preço entre o elétrico e o similar a combustão seja eliminada.
Estratégias para redução de preço e fomento
Para viabilizar carros elétricos populares, é necessária uma combinação de incentivos governamentais e inovações industriais. Isenções fiscais, como a redução ou eliminação do IPI e do ICMS para veículos elétricos de baixo custo, podem ter um impacto significativo no preço final ao consumidor. Além disso, programas de subsídio ou financiamento com juros reduzidos para a aquisição do primeiro veículo elétrico são cruciais.
No plano industrial, a simplificação dos modelos elétricos de entrada, com menos recursos de luxo e foco na essência da mobilidade urbana (autonomia suficiente para o dia a dia), pode ajudar a cortar custos de produção. Como destaca Teciomar Abila, o foco deve ser em autonomia de 200 a 300 km e na durabilidade, e não em velocidade máxima, para atender ao perfil do consumidor popular.
O papel da infraestrutura de recarga
De nada adianta ter carros elétricos populares se o motorista enfrentar a “ansiedade de autonomia” no mercado brasileiro. O desenvolvimento de uma rede de recarga pública robusta e confiável, que inclua postos de carga rápida em pontos estratégicos e carregadores semirrápido em condomínios e estabelecimentos comerciais, é um pré-requisito para o sucesso.
O governo e a iniciativa privada devem investir em eletropostos em grandes cidades e rodovias. Além disso, como alude Teciomar Abila, a padronização dos conectores e a facilidade no pagamento pelo serviço de recarga são elementos que influenciam a decisão de compra do consumidor.
Rumo à eletrificação acessível com os carros populares elétricos!
O desafio da acessibilidade no mercado brasileiro para carros elétricos populares é grande, mas não intransponível. Com políticas públicas de incentivo, foco na redução do custo da bateria e a expansão da infraestrutura de recarga, é possível acelerar a transição ecológica. Como pontua Teciomar Abila, a popularização da tecnologia não é apenas um objetivo de mercado, mas uma necessidade estratégica para a sustentabilidade do transporte urbano no país.
Autor: Aleksandr Ivanov